quinta-feira, 21 de julho de 2011

NEVERMIND: VINTE ANOS

A revista americana Spin publicou um artigo, em sua versão virtual, (link) no qual artistas e pessoas do meio musical (entre as mais relevantes Dave Grohl e Eddie Vedder) deram depoimentos descrevendo a importância do álbum Nevermind do Nirvana em suas vidas, quando lançado, em 1991. Entre histórias curiosas e outras nem tanto, é quase unânime que este disco já nasceu como um clássico e que sua relevância, vinte anos depois, ainda é significativa, para a lendária cena Grunge de Seattle, para o rock e para a música como um todo. 

Pegando carona na ideia da revista Spin, resolvi dar meu depoimento sobre ‘What Nirvana’s Nevermind means to me’ (o que o Nevermind do Nirvana significa pra mim). Não que eu seja artista ou seja do meio musical, mas como fã que sou desde aquela época, acho que tenho uma parcela de culpa pela disseminação do som do Nirvana por aqui – pelo menos entre meus amigos –, portanto acho que posso falar como alguém que viveu a época, mesmo que tão longe da emblemática cidade de Seattle.

Pra uma criança que cresceu ouvindo Beatles, Creedence Clearwater Revival, Eagles, Roberto Carlos, Bezerra da Silva, entre outros, era meio difícil fugir do rock. Eu sei, Bezerra da Silva e RC não são rock, é que era meu pai que ouvia tudo isso, eu peguei carona e dei uma evoluída, por assim dizer – ele regrediu... fazer o quê, né mesmo? Enfim, lá pelos idos de 1993 (sim, só ouvi o álbum dois anos depois de lançado, a palavra download nem existia nessa época, meus pequenos infantes), quando eu já ouvia – por conta própria – Guns n’ Roses, Legião Urbana, 4 Non Blondies, Michael Jackson e Aerosmith, me deparei com uma fita k7 (pros mais novos, vão lá no Google) de uma certa banda chamada Nirvana, o nome do álbum era Nevermind (que o dono da fita escreveu errado; Nervermino). Foi algo tão enlouquecedor quando ouvi aquele refrão incompreensível berrado pelo Kurt, em Smells Like Teen Spirit, era algo tão fora dos padrões pra mim, foi como uma expansão da mente, era algo revolucionário, ainda mais pra uma criança de oito anos de idade. Eu simplesmente não conseguia parar de ouvir o álbum do começo ao fim  repetidas vezes (lembro que minha mãe odiava a faixa Territorial Pissings), e a cada audição da fita eu gostava mais do que eu ouvia. Enfim, é o álbum mais marcante da minha vida, sem dúvida, tanto que anos mais tarde com a popularização do CD, foi minha primeira aquisição no formato compact disc e o tenho até hoje. Daí pras outras bandas de Seattle foi um pulo. E eu já me auto-intitulava “grunge”. Sem a camisa de flanela... Bahia, né galera, faz calor e tal...

Um comentário:

  1. hahaha, fita k7 realmente é de um tempo sem nome que não volta mais..

    e.. embora o que tu disse seja algo que aconteça, pode ocorrer o contrário..

    ResponderExcluir

Comentários com linguagem chula serão sumariamente exaltados...