sexta-feira, 4 de março de 2011

VÍCIO


















O coração ainda acelera
O fôlego ainda foge
A inspiração e a transpiração
Aquela incerteza intrigante
Dos dias que (não) virão
Da beleza dos sonhos esquecidos
Do doce sabor do vício
Vem o pudor da ansiedade
O lindo terrorismo da saudade
Depois da despedida, a noite vazia
Depois do beijo, o desejo
Então a dúvida angustia
E na solidão da estrada
O inferno como jornada
Sangue que endurece o coração
Desvanecendo o medo
Desencorajando a frustração
Olhos que se fecham no escuro
Anseiam pelo sono profundo
Sonho de uma breve eternidade
Suaviza e entorpece a alma
A sensação de acalmar a dor
A vontade de esquecer o pudor
Da agonia mental da claustrofobia
Incontrolável desejo de se perder
De ser, de perecer... Sem merecer (?)
Lembrar daqueles olhos...
Lembra o doce sabor do vício...

Amor é suicídio...



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