Começou com uma dança. Ele, desajeitado, não era um estusiasta do rebolado. Mas, por ela dançou muitas vezes. E gostou. Ela tinha a malemolência da Bahia no corpo. Ele adorava observá-la, não conseguia conter o sorriso.
Seus mundos, tão diferentes, fundiram-se em apenas um. Muitos lugares foram testemunhas daquele amor. Entre cervejas e entorpecentes, eles viajaram juntos... de todas as formas. O mundo era como um parque de diversões, esperando para ser explorado.
Tiveram seus mometos de de crise, mas aquela essência era o que os mantinha unidos. Todas as tardes em casa jogando video game, as escapadas para o paraíso no litoral baiano, as noites de rock e sinuca no Pub, as dezenas de vezes que dançaram ao som dos ritmos africanos...
Ah, e o sexo. Eles tinham essa conexão rara. O mundo desaparecia ao redor deles... apenas as respirações ofegantes eram ouvidas. Seus corpos se entrelaçavam, os fluidos corporais se misturavam... era um mundo só deles.
Nada parecia abalá-los. Era como um conto, cuidadosamente escrito para terminar em final feliz. Mas a vida prega peças e a mente humana esconde mistérios obscuros, capazes de estragar a mais bela das histórias. Em algum momento ele sucumbiu... ela tentou salvá-lo, salvar o amor dos dois... mas parecia tarde demais...
Aquela amor não surgiu pra ter um fim... era grande demais, bonito demais... mas aparentemente tudo na vida tem um fim... e alguns desgastes podem precisar de novas cores, novos ângulos...
A espera, o silêncio... esperançoso. O vazio simplesmente não parecia real, mas alguma coisa parecia dizer que ele seria preenchido novamente... certamente o mundo era mais belo, enquanto o amor deles florescia...