sexta-feira, 18 de abril de 2008

Singular


Então as nuvens cinzentas me deixaram...
As luzes de néon quase me cegaram
Sonhos esvaeceram-se no vácuo
Memórias de meus heróis mortos...

Possuído por uma lívida nostalgia
Saudades das épocas que não vivi...
Época do jogo de beleza singela
Contenho meu tédio frenético...

E a dor é somente uma ilusão...

Mensagens de deuses que não creio
Rogo-os por um pouco de silêncio
Os brados noturnos impacientam-me
E nos ermos da mente me perco...

A solidão vivenciada as vezes almejada...
O indesejável confronta o essencial
Galáxias distantes, uma breve esperança...
Embora frio, eu ainda queimo por dentro...

E a dor é somente uma ilusão...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Natural...



Insistes em me instigar
Teus encantos tão óbvios...
Tão únicos... harmoniosos
Por vezes hesitei, evitei...
Refém de teu poder
Musical, sincero...

Floresces em provérbios improváveis
Tuas cores poluem minha palidez

A natureza exuberante
Em tua voz a ouço...
Acalentas meus dias
Alimentas devaneios...

Sensato prescindir de ti
Imprescindível ser insensato...